The Quiet South-American
Tuesday, May 30, 2006
Wednesday, May 24, 2006
BBC News
A cara dele no início speaks for itself.
Tuesday, May 23, 2006
Sí, nosotros somos incorrigibles!
Em seu artigo, Jual Gabriel Tokatlian nos chama de "incorrigibles". Não pude conter um sorriso ao ler que a direita argentina pretende se aliar ao México para nos oferecer resistência, enquanto aqueles de centro-direita e centro-esquerda vêem no Chile um aliado previsível e sensato, ao invés de nós, que somos irresponsáveis e inflexíveis. Há maior prova de grandeza do que um argentino nos dizendo que a esquerda argentina busca na Venezuela uma forma de equilibrar o "hegemonismo brasileño"? No hay.
Só há coalizões "anti-alguma coisa" quando essa coisa é importante ou incomoda. Ninguém é anti-Suíça, ou anti-Uruguai (atualmente). Por isso o artigo do argentino me encheu de orgulho. Mostra que os argentinos estão, de fato, buscando maneiras de equilibrar o poder da superpotência que somos nós. Ou estavam, até o Lula, em um momento de auto-degradação, resolver se encontrar com Kirchner, Morales e Chávez um dia depois da "nacionalização" de uma empresa brasileira na Bolívia. E dizer que a Bolívia está certa em defender sua soberania. Tenho certeza que, neste exato momento, o Juan Gabriel Tokatlian está escrevendo outro artigo sobre o que a Argentina fará para equilibrar o poder da Bolívia no continente. Talvez eles até chamem o Brasil para ajudá-los.
Sunday, May 21, 2006
O melhor do Brasil só pode ser o brasileiro.
Andaram dizendo, há algum tempo, que o melhor do Brasil é o brasileiro. Depois de pensar por alguns minutos sobre o assunto, a conclusão a que se chega é que tal constatação só pode ter sido feita com base na eliminação. O que mais se pode ter de bom em um país? Para facilitar a visualização do argumento, fiz uma lista dos pontos principais:
- Recursos naturais
- Instituições fortes
- Desenvolvimento econômico e social
- Governantes responsáveis
O primeiro ponto é delicado. Após décadas de depredação, os recursos naturais que nos restam não são fruto de nosso esforço, mas de: a) um acaso geográfico e b) nossa incompetência em destruir aquilo que nos foi dado de forma mais eficiente. Ponto 1: eliminado.
Instituições fortes? Seria injusto dizer que não temos nenhuma. O crime organizado me parece bastante resiliente, com regras bem definidas e aceitas por seus participantes. É também uma instituição reconhecida pelos demais atores, que inclusive negociam e fazem acordos com chefões do tráfico sempre que necessário. Creio que alguns tipo de instituições não agregam valor a um país, portanto, o ponto 2 também está fora.
A nossa terceira tentativa em achar algo melhor no Brasil do que os brasileiros é o desenvolvimento econômico e social do país. Os números apresentados pela nossa economia, que cresceu abaixo da média da América Latina e também do esperado de um país que pretende fazer jus ao título de “nação em desenvolvimento”, mostram que há ainda muito a se fazer antes de podermos nos gabar de nosso alto grau de desenvolvimento econômico e social.
A última esperança seriam governantes responsáveis. Os últimos escândalos e, acima de tudo, a falta de punição aos envolvidos mostram que, nesse tópico, não há nada que nos orgulhe. Foram os próprios governantes que nos pouparam o trabalho de dizer que, de fato, o melhor do Brasil é o brasileiro. Sem um governo responsável, sem desenvolvimento, sem instituições fortes e quase sem recursos naturais, não houve muita competição. De fato, o brasileiro merece tal prêmio só por ter que ouvir esse tipo de coisa, esperando que algo melhor do que ele próprio surja em nosso meio.
Saturday, May 20, 2006
The Fed is where I should be...
In fact, pouca coisa é mais pessoal do que minha aspiração pouco secreta a ter muito poder. Pena que, como brasileira, só posso atingir um certo grau de influência sobre a vontade alheia. Preciso checar se, para ser presidente do Fed, você tem que ser nascido nos Estados Unidos. Se não, devo arrumar logo minhas malas e partir para a fronteira do México.